sexta-feira, 4 de maio de 2012

                                                  Fonte: Foto existente no Blog do João Calama

Assim começou Vila Calama.

O povoado de Calama desde sua formação na segunda metade do século IX, entre 1800 e 1900, sempre representou um ponto de orientação para aqueles que passaram ou por lá aportaram. Na época áurea da borracha era o porto seguro dos migrantes rumo aos seringais. Para aqueles que vinham dos seringais era o porto de embarque para Manaus e Belém. Para aqueles que a escolheram como lugar de residência encontraram a calmaria e o calor humano, de seu povo.
A necessidade de um porto obriga seringalistas e seringueiros a fixarem moradia, às vezes provisórias, à margem direita do rio Madeira, local inicial do povoado, hoje atual Vila Calama, sede do distrito homônimo. De acordo com a professora e historiadora Yêda BORZACOV (2008), “o povoado de Calama foi fundado por caucheiros e seringueiros bolivianos.”  
Com a crescente atividade do porto, Calama, passa a ser entreposto comercial, como ponto de atração e dispersão para os seringueiros oriundos dos mais diversos pontos das regiões Norte e Nordeste do país. Para o professor e historiador Abnael Machado de Lima, o povoado de Calama passou em 1877 a ser sede da empresa Calama S/A de propriedade do espanhol Manoel Antônio Parada Carbacho. Talvez a existência e a função de entreposto, fosse a única certeza para os que ali aportavam, pois, para Silva Amizael Gomes da Silva (1999),
Em Calama eram desembarcada as levas de “brabos” e ali eles começavam a se defender dos sortidos e inesperados ataques dos ferozes parintintin. Daí em diante era iniciada a penosa marcha rumo ao sul, vencendo as cachoeiras que a partir de Dois de Novembro, obstaculizavam a subida do rio...
A riqueza dos seringais permitiu a construção, em Calama, de belos casarões que serviram de moradia ora para os seringalistas, ora para seus “gerentes.” Os casarões testemunharam a existência de tamanha riqueza que por lá circularam. Entre os mais estavam o Chalé, foto abaixo:


                                                                     O "Chalé"
Foto do autor: Ano de 1990
Casarão conhecido como “chalé” construído na época dos seringais, pertenceu ao seringalista Isaías de Miranda, vendido posteriormente para a Congregação Batista. Foi demolido e no local foi construída a sede da Igreja Batista. Com a demolição do “chalé” Calama perde mais um testemunho de sua história.

E a casa paroquial, foto abaixo:

           

Foto do autor: Ano de 2011.



Mas, onde estão os casarões das fotos? Poderiam perguntar aqueles que se interessam pela história dos seringais, pelas histórias de vidas, enfim, onde estão os decantados casarões?  Psiu! Caluda!

ELES FORAM DEMOLIDOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! POR QUEM ACHA QUE HISTÓRIA TEM LUGAR E TEMPO PARA ACONTECER E PARA EXISTIR.

E AGORA? QUEM RESPONDERÁ PELO DESMONTE DOS TESTEMUNHOS HISTÓRICOS DE CALAMA?

Prof. José Maria Leite Botelho.

O Casarão conhecido como “casa paroquial” é uma construção em estilo colonial, modelo português construído na época dos seringais.

domingo, 29 de abril de 2012

Memórias de um Igarapé¹
                                                                                                                       Prof. José Maria Leite Botelho
            Não me recordo muito bem o dia em que nasci. Só sei que já faz muito tempo. Naquele dia, eu já havia saturado o lençol freático do qual nasci. Comecei a escorregar lisinho, bem de mansinho, escorreguei, deslizei cada vez mais forte. Vieram as chuvas torrenciais e ajudaram-me a escavar o meu leito, serpenteando por entre a floresta. É bem verdade que aproveitei o vale já existente. Mas o trabalho árduo fez com que pudesse derramar minhas águas dentro de um grande rio, o Rio Madeira. Rio enorme, caudaloso, que vem lá dos Andes. Os Andes são aquelas montanhas de até sete mil metros de altitude e que ficam na parte oeste da América do Sul. Bem, quando caí dentro do rio senti calafrios, pois minhas águas eram tão pequenas e límpidas, misturadas às águas barrentas, de cor amarelada daquele tão importante rio. Na caminhada até o rio, deslizei por entre árvores das mais variadas espécies: seringueiras, piranheiras, faveiras, capitari, sipiá, mari-mari e tantas outras. Permaneci escondido entre a floresta, nem sei por quanto tempo. Mas, apesar de escondido, eu era feliz ali, a deslizar nos troncos das árvores.

Foto: Igarapé de Calama época da cheia. Local: Porto da Pensão - 2011
                                   Fonte: José Maria Leite Botelho – 2011
Passaram-se muito tempo e começaram a aparecer umas pessoas meio esquisitas. Esquisitas nem sei por que, pois eu não conhecia até então, ninguém daquele tipo, usavam arcos e flechas, andavam nuas, bem eu só soube que andavam nus, tempos depois. Só sei que aquelas pessoas gostaram muito das minhas águas. Isso eu deduzi pelo jeito com que eles se banhavam em meu leito, a deslizar em minha fria e cristalina água. Modéstia à parte, minhas águas são de fazer inveja. Os novos conhecidos tornaram-se meus amigos, mesmo porque o meu nascimento encurtou-lhes o caminho para o Rio Madeira. Depois de muito tempo vieram outras pessoas. Essas não andavam nuas e nem usavam arcos e flechas. Usavam armas que faziam barulho quando eram disparadas. Parece que o encontro entre os meus visitantes não foi muito amistoso. Foi uma verdadeira guerra de arcos e flechas contra as armas barulhentas. Os que andavam nus queriam “por direito” se apossar de mim, enquanto que os que andavam vestidos queriam a minha posse pelos mesmos motivos. Depois de décadas de luta os primitivos visitantes foram vencidos. Pobre de mim, os vencedores puseram-se a abrir feridas em minhas margens, ora cortando as matas, ora escavando o meu leito. A princípio, o calorzinho do sol era gostoso, mas depois o calor foi aumentando, mas não chegava a preocupar. Passaram-se algum tempo, anos, muitos anos, cinqüenta, setenta, cem anos, sei lá quantos! Só sei que nos últimos dez anos, estou bastante preocupado com o meu destino. As matas de minhas margens foram sendo devoradas pelas pessoas de armas barulhentas e agora quando chove, tomo um banho de águas sujas, em algumas partes estou quase desaparecendo.

Fonte: José Maria Leite Botelho – 1990
Antigo porto da “Pensão” – na época de estiagem. O porto da “Pensão” era assim chamado por ser o local de banho dos hóspedes da antiga pensão (hotel) denominado de “enforcado.”

            Apesar de ser um pequeno igarapé, de mais ou menos uns dois quilômetros de extensão, tenho grande serventia para a população que se banha e utiliza minhas águas cristalinas. Mas como estava contando ainda a pouco, estou preocupadíssimo não só com o meu destino. Estou preocupado também com as pessoas. Elas não percebem que estão destruindo minha beleza e minha serventia. Vocês já pensaram o que fizeram às árvores que me emprestavam a sombra e serviam de pousada aos pássaros que gorjeavam para eu ouvir? Cortaram-nas todas. E deixaram-me exposto aos raios solares. As águas pluviais arrastam-se para dentro do meu leito e com elas, uma grande quantidade de terra. É como se a terra arrastada quisesse tapar-me as veias, estreitando-me a passagem.
            Infelizmente, as pessoas estão provocando uma disputa pelo espaço entre minhas águas e a terra arrastada pelas chuvas. Talvez não haja vencedor; ao contrário, o próprio homem transformar-se-á em perdedor. É uma pena!
            Agora, há pouco tempo, tenho presenciado animais esquisitos rondando minhas cabeceiras. Os humanos dizem que aqueles animais são muito importantes. Só não percebem, ou se esquecem que os animais estão jogando todos os dias os restos não aproveitáveis pelo seu organismo, perto de minhas margens. Pobre de mim, quando vierem as chuvas torrenciais, pois vou ter que receber toda aquela sujeira. Minhas cristalinas águas continuarão assim, limpinhas? De onde as pessoas irão buscar água para beber? Beberão água poluída? Ou irão abastecer-se das águas contaminadas do Madeira? Coitado do rio Madeira! Está cheio de mercúrio, aquele mineral usado na queima para separar o ouro, coitado! O Rio Madeira está alarmado e grita por socorro.
            Mas ainda há tempo para consertar o erro, tempo para amenizar todo o desgosto causado à mãe natureza e pelo qual tenho passado. Eu continuo a perdoar. E sabem de que maneira? Jorrando minha água pura e cristalina das entranhas da Terra, lá daquele lençol freático que eu mesmo saturei, rompi. Lembra?
            Pois bem, vocês que se banharam e se deleitaram em minhas frias e cristalinas águas; vocês que tiveram o prazer de banhar vossos amados filhos em meu precioso líquido, não me deixem desaparecer. Permitam que a vegetação cresça novamente em minhas margens, um pouquinho só. Uns cinqüenta metros de cada lado. Bem que poderia ser cem metros. Mas, cinqüenta metros, já servem. Dessa forma, não morrerei vitimado pelo assoreamento. O que é assoreamento? Assoreamento é a ação causada pelos sedimentos sobre um leito de qualquer rio, igarapé, lago, isto é, assoreamento é a morte de um manancial pelo aterramento. Deixe crescer, a floresta, o mato ao meu redor, a mata ciliar, como andam chamado, por aí. Elas (as matas) reterão as impurezas derramadas à minha montante e me protegerão. Em troca, darei a todos, sombra e água fresca, bem fresquinha e cristalina.

¹Texto escrito em 1995.

sábado, 28 de abril de 2012

CALAMA: sua história, sua geografia e os seus etc........................
                                                                      Prof. José Maria Leite Botelho
O barracão de aviação (comércio) da borracha, gêneros alimentícios e outros gêneros.
Foto: Barracão de Aviação. Comércio da época da borracha – 2011.
Fonte: José Maria Leite Botelho
Observe-se que a porta frontal está fora do padrão da construção original. Não, não era assim. A porta original é a que está do lado esquerdo da fotografia. Alguém “desavisado” permitiu que alguém com interesses individuais descaracterizasse a fachada do prédio.  


                “Um outro” dia estava lembrando quando (no meu tempo de criança) ia fazer compras (naquela época, ninguém ia comprar, todos iam se aviar) no Barracão. Barracão lembra seringal  e, Calama apesar de não ser um seringal, nos moldes do termo, funcionava como tal, pelo menos no modelo. Pois bem, no tempo do seu Amélio, do seu Chiquito Marinho, do seu Nelson Carneiro, o Barracão era cheio de castanha (parecia uma colina), feijão, arroz, tabores (recipiente de aço ou ferro com capacidade para 240 litros) cheio de copaíba, blocos de sorva, tecido, açúcar, café em grão, pilhas de lata de querosene, arrobas de tabaco, em fim, era o único local de venda em Calama. Do lado de fora, lotes de pélas de borracha vindas do alto Machado, à espera do transporte para Manaus.
                A borracha perdeu seu valor e com ela o Barracão deixou de ser o único ponto de comércio de Vila Calama. Porém não deixou de ser importante. Já funcionou como casa de festas, moradia para ribeirinhos desabrigados pelas águas do Madeira, e, por mais de duas décadas como a casa de força, como sede de uma associação.
   
O BARRACÃO, Ainda resiste ao tempo e ao homem. Mas será a próxima vítima. Quem será o seu algoz? O tempo? Ou o homem, que ignora a história local?

Pois bem. Esta é a única construção histórica que ainda testemunha o período da riqueza colossal proporcionada pela extração da borracha. Todas as outras já foram demolidas.
Se olharmos do lado direito da primeira foto veremos parte de uma casa. Antes no mesmo local existia um casarão. Esse casarão construído em madeira labiada e coberto com telhas de barro era dividido em três residências. Toda a parte frontal tinha varanda.  Igual a casa descrita já foram demolidas também a casa de telegrafia, o enforcado, o chalé, a casa paroquial.
O Barracão, ainda resiste ao tempo e ao homem. Mas será a próxima vítima. Quem será o seu algoz? O tempo?  Ou o homem?

É preciso resistir. Ou vamos deixar que a máquina aplaine o único “morro testemunho” da história calamense?

Prof. José Maria Leite Botelho

 


Foto: Barracão de Aviação – 2011              Fonte: José Maria Leite Botelho

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Caprichos do rio Madeira: o caso Calama

Capricho do rio Madeira: o caso Calama
               Prof. José Maria Leite Botelho

O rio Madeira é um rio ainda em formação. Está em constante formação e dessa forma, seu talvegue tem constantemente mudado seu curso e no seu percurso, destroi e reconstrói suas barrancas. Os ribeirinhos já sabem disso há séculos, por isso não brigam com o rio, apenas respeitam sua força. Assim nunca constroem suas casas muito próximas das margens. Vivem assim em perfeita harmonia.
 O que vou relatar é fruto da vivência e da observação (não como pesquisador e sim como um amazonense que viveu parte de sua vida subindo e descendo o Madeira), que tenho feito durante décadas. Para efeito desse relato vou fazer um recorte a partir da localidade de Conceição do Galera até o povoado de Tambaqui, em frente a antiga ilha do Pasto Grande. Nesse trecho o caprichoso rio Madeira derrubou ilhas e barrancos, aterrou praias fazendo surgir pitoresca vegetação; abriu e fechou paranás; destruiu lagos e fez aparecer outros.
            A jusante do povoado de Conceição do Galera o rio corre retilineo até encontrar a ilha de Assunção. Esta já teve parte de suas barrancas derrubadas e o solo depositado no paraná fechando-lhe ou assoreando-lhe a saida. O desvio feito desde a parte da ponta (parte da subida do rio) da ilha fez crescer uma nova ilha na mesma de Assunção. Lembro que no dia 07 de dezembro de 1978, desembarquei a 60 metros da casa do meu sogro. Dez anos passados os moradores que vivam na mesma área foram obrigados a transferir suas moradias para a terra que cresceu na frente das casas. Do antigo local, na ilha de Assunção,  onde moraram, entre outras, as famílias de Roberto Ferreira de Paula, Maria Gomes, só restam as lembranças. A vegetação que cresceu no local esconde qualquer vestígio das moradias.   
            A força das águas na época das cheias avançou sobre a sede do seringal Assunção (na margem esquerda), destruindo-o. Como o canal havia mudado de lugar o material em suspensão foi se depositando sobre a praia de São Vicente, lado direito do rio, na “ponta” de baixo, da ilha. Como a terra nessa área cresceu o rio transferiu seu canal para o lado esquerdo. Aí derrubou barracas e árvores e os moradores do povado do Caraparu foram obrigados a migrar. Uns foram para Calama, outros para Porto Velho.
            As terras carreadas de parte da ilha de Assunção e adjacencias se depositaram e fizeram crescer a ilhinha, que estava se formando em frente Calama. Atualmente, não se percebe mais essa ilha.
            A água avança então sobre as terras da foz do Ji Paraná. No ano de 1982, mais ou menos, as águas do Madeira faz desaparecer a praia do “folharal.” Essa praia ficava localizada na margem esquerda do rio Madeira logo abaixo da foz do Ji Paraná e emendava-se com as terras do lago Curumim. O nome “folharal” era devido ao seu aspecto, formado  em camadas: uma camada de areia e uma camada de folhas, resultado do transporte das folhas e dos sedimentos do rio Ji Paraná). Quando a praia do “folharal,” foi retirada pela força das águas barretas do Madeira, a mesma força avançou sobre uma ilha que ficava acima de Vila Calama, mais ou menos do São Francisco para cima, destruindo-a em uma só noite. Retirada a ilha, o rio está avançando sobre a vila Calama. O resultado desse avanço pode ser observado comparando-se as fotos seguintes.
               

                                                        Fonte: José Maria Leite Botelho
Nessa primeira foto observa-se a casa da esquina, a casa Paroquial (ainda em bom aspecto), a Igreja de São João Batista. Essas construções tem a frente vasto terreno. A foto foi tirada no mês de nobrembro do ano 1990 e naquele ano a seca foi prolongada, por isso a grama apresenta aspecto avermelhado.
                                                      

Fonte: José Maria Leite Botelho
Na segunda foto observam-se as mesmas construções mas, a casa da esquina foi modificada e a casa Paroquial e a Igreja de São João Batista apresentas aspectos de total abandono. Essas construções não tem mais aquele vasto terreno. A foto foi tirada no mês de abril do ano 2011 a grama apresenta-se muito verde.

Em visita a Vila Calama em abril deste ano de 2012 observou-se que a água avançou e derrubou a calça da casa.

Prof. José  Maria Leite Botelho

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Calama: Maravilha de lugar

Calama: Maravilha de lugar
Prof. José Maria Leite Botelho

                                              Fonte: Foto existente no Blog do João Calama

Assim começou Vila Calama.

O povoado de Calama desde sua formação na segunda metade do século IX, entre 1800 e 1900, sempre representou um ponto de orientação para aqueles que passaram ou por lá aportaram. Na época áurea da borracha era o porto seguro dos migrantes rumo aos seringais. Para aqueles que vinham dos seringais era o porto de embarque para Manaus e Belém. Para aqueles que a escolheram como lugar de residência encontraram a calmaria e o calor humano, de seu povo.
A necessidade de um porto obriga seringalistas e seringueiros a fixarem moradia, às vezes provisórias, à margem direita do rio Madeira, local inicial do povoado, hoje atual Vila Calama, sede do distrito homônimo. De acordo com a professora e historiadora Yêda BORZACOV (2008), “o povoado de Calama foi fundado por caucheiros e seringueiros bolivianos.”  
Com a crescente atividade do porto, Calama, passa a ser entreposto comercial, como ponto de atração e dispersão para os seringueiros oriundos dos mais diversos pontos das regiões Norte e Nordeste do país. Para o professor e historiador Abnael Machado de Lima, o povoado de Calama passou em 1877 a ser sede da empresa Calama S/A de propriedade do espanhol Manoel Antônio Parada Carbacho. Talvez a existência e a função de entreposto, fosse a única certeza para os que ali aportavam, pois, para Silva Amizael Gomes da Silva (1999),
Em Calama eram desembarcada as levas de “brabos” e ali eles começavam a se defender dos sortidos e inesperados ataques dos ferozes parintintin. Daí em diante era iniciada a penosa marcha rumo ao sul, vencendo as cachoeiras que a partir de Dois de Novembro, obstaculizavam a subida do rio...
A riqueza dos seringais permitiu a construção, em Calama, de belos casarões que serviram de moradia ora para os seringalistas, ora para seus “gerentes.” Os casarões testemunharam a existência de tamanha riqueza que por lá circularam. Entre os mais estavam a Casa Paroquial, foto abaixo: