quarta-feira, 25 de abril de 2012

Calama: Maravilha de lugar

Calama: Maravilha de lugar
Prof. José Maria Leite Botelho

                                              Fonte: Foto existente no Blog do João Calama

Assim começou Vila Calama.

O povoado de Calama desde sua formação na segunda metade do século IX, entre 1800 e 1900, sempre representou um ponto de orientação para aqueles que passaram ou por lá aportaram. Na época áurea da borracha era o porto seguro dos migrantes rumo aos seringais. Para aqueles que vinham dos seringais era o porto de embarque para Manaus e Belém. Para aqueles que a escolheram como lugar de residência encontraram a calmaria e o calor humano, de seu povo.
A necessidade de um porto obriga seringalistas e seringueiros a fixarem moradia, às vezes provisórias, à margem direita do rio Madeira, local inicial do povoado, hoje atual Vila Calama, sede do distrito homônimo. De acordo com a professora e historiadora Yêda BORZACOV (2008), “o povoado de Calama foi fundado por caucheiros e seringueiros bolivianos.”  
Com a crescente atividade do porto, Calama, passa a ser entreposto comercial, como ponto de atração e dispersão para os seringueiros oriundos dos mais diversos pontos das regiões Norte e Nordeste do país. Para o professor e historiador Abnael Machado de Lima, o povoado de Calama passou em 1877 a ser sede da empresa Calama S/A de propriedade do espanhol Manoel Antônio Parada Carbacho. Talvez a existência e a função de entreposto, fosse a única certeza para os que ali aportavam, pois, para Silva Amizael Gomes da Silva (1999),
Em Calama eram desembarcada as levas de “brabos” e ali eles começavam a se defender dos sortidos e inesperados ataques dos ferozes parintintin. Daí em diante era iniciada a penosa marcha rumo ao sul, vencendo as cachoeiras que a partir de Dois de Novembro, obstaculizavam a subida do rio...
A riqueza dos seringais permitiu a construção, em Calama, de belos casarões que serviram de moradia ora para os seringalistas, ora para seus “gerentes.” Os casarões testemunharam a existência de tamanha riqueza que por lá circularam. Entre os mais estavam a Casa Paroquial, foto abaixo:



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